20 de abril de 2014

#A Historia & Curiosidades sobre os Perfumes

#A palavra perfume vem de “per fumum”, ou através do fumo, de onde eram obtidas as primeiras fragrâncias aromáticas.
O perfume é tão antigo quanto o homem, e sua múltipla utilização quase sempre acompanhou o desenvolvimento das civilizações.
A evolução das fragrâncias se deu ao longo da história e das interpretações humanas na descoberta e escolha dos cheiros.
Depois dessa leitura vai descobrir porque se perfumar é um ato prazeiroso pra lá de interessante!

Pré-história: Homens das cavernas melhoravam o gosto dos alimentos queimando madeiras e resinas.

Egito Antigo: Para ritos religiosos os egípcios honravam seus deuses “esfumaçando” os ambientes e produzindo óleos perfumados.

Grécia Antiga: Os gregos usavam perfumes que tivessem características medicinais, essas novas fragrâncias eram trazidas através de suas expedições.

Império Islâmico: Uma contribuição fundamental para a evolução da perfumaria foi a invenção do alambique, pois após esse acontecimento foi possível começar a destilação de  matérias-primas.

Século XII: Para higiene pessoal e para prevenir doenças, os cristãos usavam fragrâncias.

Século XVI: Fato importante foi quando houve a fusão de duas profissões: a de curtir o couro e a de perfumista, pois a moda dessa época eram as luvas perfumadas usadas pelos nobres da corte.

Idade Média: O perfume é muito usado nos ambientes de banhos públicos.

Século XVII: Época do auge de fragrâncias “animálicas”. Perfumes intensos usados civete e musk.

Renascimento: O auge da moda são os perfumes com fragrâncias doces, florais ou frutais.

Século XVIII: Os cristãos passam a perfumar as cinzas na Quarta Feira de Cinzas. Nesta época os perfumes começam a serem reconhecidos por sua sedução e sensualidade, surgem várias novas fragrâncias e frascos diversificados.

Século XIX: A França se torna capital mundial da perfumaria, através da cidade de Grasse.
Os aromas encontrados na natureza são reproduzidos artificialmente através da química, dai o surgimento das matérias –primas sintéticas.

Século XX: O perfume sempre foi classificado como inovador, luxuoso, robusto, chique, sensual, sofisticado, elegante e encantador.
Acessível a todos nos dias de hoje, não sendo mais privilégios apenas para  mais afortunados.









Classificação dos Perfumes

Os perfumes classificam-se, segundo o Comitê Francês do Perfume, em sete grupos fundamentais.
A elaboração técnica de uma fórmula é idêntica tanto para os perfumes femininos quanto para os masculinos e os Eau de Toilette.
Dê uma olhada nas classificações abaixo e descubra com qual você mais se identifica.

Amadeirados:
São notas suaves como o sândalo e o patchouli, algumas vezes secas como o cedro e o vetiver. A princípio se constituem, na maioria das vezes, com notas de lavanda e notas cítricas.

Âmbar:
Muitas vezes chamados de “orientais”, fazem parte desse grupo os perfumes com notas suaves e abaunilhadas.

Cítricos:
São óleos obtidos da casca de frutas como a bergamota, o limão e a laranja.
É nesse grupo que se encontram as primeiras  Águas de Colônia.

Chipre:
Esse termo provém do perfume assim batizado por François Coty em 1917.
O êxito de Chipre o tem convertido no pai de uma grande família que reagrupa perfumes baseados principalmente nos acordes do patchouli, da bergamota e da rosa.

Couro:
Trata-se de uma fórmula muito particular por ser um perfume diferente da maioria. Com notas secas (às vezes muito secas), tentam reproduzir o odor característico do couro, da madeira queimada e do tabaco.

Filifolhas (feto):
Compreendem um acordo entre notas de lavanda, bergamota, gerânio etc.

Florais:
Família de grande importância agrupa perfumes cujo tema principal é a flor. Se subdividem em bouquet floral, floral verde, floral aldeídico, floral amadeirado, entre outros.






  @Quais são as principais matérias-primas?
São extremamente variadas e numerosas. A perfumaria é, sem dúvida, a arte que utiliza o maior número de matérias diferentes. Atualmente, centenas de produtos naturais e milhares de produtos sintéticos são corretamente utilizados em perfumaria. Matérias-primas para perfumes são encontradas no mundo inteiro; muitas vezes são raras ou difíceis de serem encontradas e, por isso mesmo, cada vez mais caras. 



@Vejamos então algumas das matérias-primas mais utilizadas:
Flores: Jasmim, Rosa, Flor de Laranjeira, Tuberosa, Lavanda
Grãos: Fava Tonka, Coentro, Ambrete, Petit grain
Madeiras e cascas de troncos
Sândalos de Misore: Cedro do Quênia e do Atlas, Casca de canela, Casca da Betula
Folhas: Patchouli
Musgo de Carvalho
Resinas
Galbano da Pérsia
Benjoin do Sião
Opopanax da Abissínia
Mirra do Oriente
Ervas aromáticas Tomilho, Menta
Cítricos Limão, Bergamota,  Laranja, Tangerina 
Raízes, Vetiver de Java
Produtos de origem incomum
Âmbar Gris: âmbar, secreção rejeitada pelo cachalote e recolhidas nas águas do Oceano Índico e ao longo da Costa do Peru.
Musk (almíscar): proveniente de uma glândula da cabra do Tibete, Himalaia
Civete: extraído do gato selvagem da Abissínia.








@Qual a diferença entre colônia, eau de toilette, eau de parfum e parfum?
Muito simples, as concentrações são diferentes:
A colônia é a menos concentrada;
Em seguida vem o eau de toilette , concentrado,  excelente para o clima tropical.
Depois vem eau de parfum e parfum, que é o mais concentrado.

@Quanto tempo uma fragrância dura na pele?
Em torno de quatro/cinco horas. É aconselhável aplicar uma fragrância duas ou três vezes ao dia. Isso depende tambem do PH de cada um.

@É importante aplicar a fragrância em todo o corpo?
Sim. Se ela só for aplicada no pescoço e atrás das orelhas, acaba desaparecendo. Para se assegurar de que o aroma irá durar, é necessário aplicar a fragrância em todo o corpo. É aconselhável o uso de fragrâncias sem álcool sob o sol, para evitar mancha na pele.

@É verdade que um perfume varia de pessoa para pessoa?
Sim. Cada pessoa tem a sua própria química baseada nos genes, tipo de pele, cor de cabelo e até mesmo no estilo de vida que leva e no ambiente em que vive. Experimente o perfume em sua própria pele para ver como ele reage com a química do seu corpo.

@É importante trocar fragrâncias conforme as estações do ano?
Sim, pois o calor aumenta a intensidade da fragrância. Existem fragrâncias mais apropriadas para o verão e outras mais adequadas para o inverno. É interessante seguir a seguinte regra: usar essências leves no verão e fortes no inverno. Essências cítricas são perfeitas para as estações quente, enquanto as orientais caem melhor no frio.

@Por quanto tempo posso estocar as minhas fragrâncias?
Fragrâncias não duram para sempre. Há certas precauções, porém, que garantem a sua qualidade. Guarde o frasco num local seco e escuro. O calor pode destruir uma fragrância, portanto mantenha o frasco longe das altas temperaturas. Colônia e eau de toilette podem ser guardadas na geladeira para manter seu frescor. Perfumes geralmente duram três anos a partir da data de fabricação.





@Glossário de A a Z
Acorde: Uma combinação de várias notas que compostas entre si se transformam em fragrâncias. Um acorde pode ser também uma fragrância não acabada que está em processo de criação.
Bouquet: Palavra de origem francesa, que expressa uma mistura de notas florais, normalmente presentes no “corpo” da fragrância. Um bouquet traz beleza e feminilidade ao perfume.
Criação: O poder de criar um novo “cheiro” a partir da composição de diferentes matérias primas, usando tecnologias da perfumaria para enriquecer e dar exclusividade ao perfume.
Destilação: É o processo mais simples utilizado para flores cujo óleo essencial é mais volátil. Consiste em submeter as plantas à fervura até a evaporação completa da água, deixando o óleo decantar. Pode ser a vapor ou a vácuo.
Enfleurage: Mesmo depois de colhida, a flor continua a produzir óleo. Neste caso, utiliza-se o processo de enfleurage, que é a extração. Normalmente se usa gordura animal ou vegetal como solvente. Pétalas de flores são espalhadas sobre placas de vidro cobertas com esta gordura que irá dissolver o óleo. Quando a placa está saturada, o óleo é então separado da gordura por processo de extração.
Fixação: A propriedade que uma fragrância tem de prolongar a vida de seu odor e dar continuidade ao mesmo.
Grasse: Cidade situada na região da Provence, França, que por muitos anos foi responsável pela produção das principais matérias-primas para a perfumaria no mundo.
Herbal: Nomenclatura usada principalmente para fragrâncias masculinas ou usadas para produtos de banho e limpeza. As notas herbais são provenientes de matérias-primas como as coníferas, pinho e até mesmo a lavanda.
Intensidade: A potência relativa de impressão de uma fragrância. O cheiro que permanece na pele por mais tempo.
Jasmim: “A manteiga é para as docerias o que o jasmim é para as perfumarias” (Brillat Savarin, escritor e gourmet do final do século XVIII). Conhecido como a “flor rainha” da perfumaria, o jasmim dá “corpo” ao perfume, riqueza e muita feminilidade.
Lavanda: Matéria-prima tradicionalmente usada na composição de perfumes, muito difundida no Brasil. Nativa da Costa Mediterrânea Francesa, hoje é uma das plantas mais utilizadas nas composições de aroma-terapia e produtos corporais, por conta de seu aroma exclusivo herbáceo, mas fresco, com um toque aveludado de notas florais. A lavanda tem um balanço perfeito e promove relaxamento e bem-estar.
Maceração: Processo de maturação da fragrância na base do produto.
Nuance: Lembrando da estrutura de uma fragrância, distribuída entre notas de saída, corpo e fundo, podemos afirmar que há uma evolução das notas nas diferentes etapas de evaporação. A percepção olfativa (não técnica) não distingue as notas separadamente, mas capta as nuances das combinações destas notas, no todo do perfume.
Oxidação: Numerosos componentes das essências são sensíveis à ação do oxigênio atmosférico ou mesmo presente nas matérias-primas. Esses fenômenos de oxidação são catalizados pelo calor ou pelas contaminações por íons metálicos.
Pesado: Fragrâncias compostas por notas olfativas mais encorpadas, geralmente doces ou balsâmicas, que dão “volume” ao perfume. A percepção do “pesado” pode estar relacionada ao gosto pessoal de cada um (por exemplo, em algumas afirmações de consumidores como perfumes mais sensuais ou doces) ou diretamente à composição do perfume.
Química: É a ciência que estuda a composição das matérias-primas e suas propriedades, a interação entre elas na criação do “cheiro”, a interação da base no produto e a fragrância aplicada (por exemplo, as bases para sabonete, amaciante, shampoo, detergente em pó são diferentes entre si e interagem com a fragrância de formas distintas.)
Resinas: Originárias de fissuras feitas em plantas ou cascas de árvores, são substâncias viscosas que promovem aos bálsamos notas doces e algumas vezes coníferas como o pinho. Muitas vezes, as resinas precisam ser aquecidas antes de serem utilizadas.
Substantividade: É a absorção de perfumes na pele. A formulação do produto também influencia a subjetividade da fragrância.
Temperatura: As fragrâncias devem ser mantidas entre 12° e 15°Celsius para melhor conservação. O perfume jamais deve ser exposto diretamente à luz.
Ungüento: Produto pouco consistente, de uso externo, pomada.
Volatilidade: A volatilidade da fragrância depende principalmente de sua composição de matérias-primas, que possuem características químicas e moleculares bem diferentes. Normalmente, as fragrâncias frescas ou águas de Colônia são mais voláteis pois as notas cítricas e leves são predominantes na sua composição.
Zelo: zelar pela integridade da fragrância.




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